BRASíLIA, 04 de Junho de 2014 (
Zenit.org)
- O Papa Francisco não só abrirá e encerrará pessoalmente o Ano da vida
consagrada, mas também estará presente nos principais eventos. O
anúncio – de acordo com a Rádio Vaticano – foi feito na conclusão da 83°
Assembleia da União dos Superiores Gerais (Usg), acontecido em Roma, do
28 ao 30 de maio.
A temática do último dia da
Assembleia foi o Ano para a Vida Consagrada que – por convocação do Papa
Francisco – começará oficialmente no dia 30 de novembro, primeiro
domingo do Advento, de 2014 e se estenderá até o dia 2 de fevereiro de
2016.
Dentre as várias atividades que estão sendo preparadas - congresso
ecumênico, congresso destinado aos formadores e às formadoras da vida
consagrada entre outras - o Ano especial dedicado aos religiosos e
religiosas, consagrados e consagradas, concluirá com a Semana mundial da
vida consagrada na unidade, do 24 de janeiro ao 2 de fevereiro de 2016.
Todas as iniciativas estão sendo organizadas em três âmbitos: através
da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e as Sociedades de
Vida Apostólica; da União dos Superiores Gerais; e no âmbito mais
restrito das realidades locais, de acordo com cada congregação
religiosa.
Carta circular aos consagrados e às consagradas
A Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e as Sociedades
de Vida Apostólica, enviou uma Carta, datada do 2 de Fevereiro deste ano
e assinada pelo seu Prefeito, Dom João Braz de Aviz, com o tema
“'Alegrai-vos', Carta Circular aos consagrados e às consagradas do
Magistério do Papa Francisco”.
A carta é uma espécie de coletânea das principais palavras que o Santo Padre dirigiu à Vida Consagrada.
“Gostaria de dizer-vos uma palavra e a palavra é alegria. Onde estão
os consagrados, há sempre alegria”, dessa forma inicia a carta circular,
uma carta que “encontra as suas razões” nesse convite do Papa
Francisco: “Os religiosos devem ser homens e mulheres capazes de
despertar o mundo”.
As reflexões do dicastério e as palavras do Papa Francisco giram em
torno do conceito da alegria que “não é um ornamento inútil, mas uma
exigência e fundamento da vida humana” já que “Não há santidade na
tristeza”, cita o Papa Francisco.
O testemunho da alegria se enraíza “na escuta fiel e perseverante da
Palavra de Deus” na escola do Mestre, que, para um religioso, nasce
também do momento no qual Jesus olhou para ele e o chamou.
A fonte dessa alegria é o contato com o mestre. A oração é a fonte de
fecundidade da missão. “Quando falta um olhar de fé 'a própria vida vai
perdendo gradativamente o sentido’, “os acontecimentos da história
permanecem ambíguos, quando não desprovidos de esperança”.
Sempre citando o Papa Francisco a carta afirma que “Hoje as pessoas
precisam certamente de palavras, mas sobretudo têm necessidade que
testemunhemos a misericórdia, a ternura do Senhor, que aquece o coração,
desperta a esperança, atrai para o bem.” Que os consagrados, então,
sejam “sinal de humanidade plena, facilitadores e não controladores da
graça, prostrados no sinal da consolação”.
Os consagrados, para tornar fecunda e verdadeira a sua alegria, são
chamados, a “levar o sorriso de Deus, e a fraternidade é o primeiro e
mais credível Evangelho que podemos narrar”. A alegria – afirma – “se
consolida na experiência de fraternidade”, pois uma “fraternidade sem
alegria é uma fraternidade que se apaga”.
O “Fantasma que deve ser combatido – recorda a missiva - é a imagem
da vida religiosa entendida como refúgio e consolação diante de um mundo
externo difícil e complexo”, evitando de todas as formas
“privatizar o amor”, não tendo “medo da renovação das estruturas. A
Igreja é livre. O Espírito Santo a conduz”.
No final da carta o Dicastério selecionou uma série de perguntas, uma
espécie de questionário, que permite “um leal confronto entre Evangelho
e Vida”, perguntas que o mesmo Papa Francisco elaborou ao longo dos
seus discursos e homilias dirigidas aos consagrados e consagradas.