terça-feira, 18 de novembro de 2014

Liturgia das Horas



Benedicite!

Encontrei este texto claro e preciso sobre a Liturgia das Horas, a oração oficial da Igreja, de autoria do padre Paulo Ricardo. O link para a página com o texto e um vídeo está aqui.

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A essência da Liturgia das Horas é a santificação das horas do dia do cristão, através das várias horas canônicas.

Após a reforma promovida pelo Concílio Vaticano II existem cinco ou sete horas canônicas. São elas: Ofício das Leituras, para ser recitado de madrugada, contudo, reconhecendo as necessidades de adaptação do homem moderno, a Igreja diz que pode ser recitado ao longo do dia, desde que se mantenha o caráter de vigília.

Laudes ou Oração da Manhã, que é uma oração de louvor dado a Deus pela vida recebida. Atualmente composta de um Salmo, um hino do Antigo Testamento e um Salmo de louvor, de onde provém o nome. Existem alguns outros elementos nessa oração, mas o coração é este mencionado. É nesta hora canônica que se recita o Benedictus ou o Cântico de Zacarias.

Hora média, que pode se desdobrar em mais três: tércia, próxima das 09h00, sexta, próxima do meio dia e noa, próxima das 15h00. Elas podem ser recitadas como sendo uma só, para não multiplicar excessivamente os horários canônicos.

Vésperas ou Oração da Tarde, composta por dois Salmos e um hino do Novo Testamento. Recita-se nessa hora o Magnificat, que é o Cântico de Nossa Senhora.

Por fim, as Completas ou Oração da Noite, composta por um Salmo e o hino de Simeão.

Esta é a essência das cinco horas canônicas da Liturgia das Horas que pode e deve ser recitada por todos os fiéis. Contudo, existem algumas pessoas que são obrigadas a rezá-las. É o caso dos sacerdotes e dos religiosos, mas nada impede que todos a recitem.

O Concílio Vaticano II incentivou a que, cada vez mais, se recite a Liturgia das Horas com a comunidade dos fiéis, para que esse tesouro da Igreja não fique reservado somente aos padres, mas que seja distribuido também aos fiéis, para que possam santificar o dia por meio da oração.

Para a oração, nada melhor do que utilizar a própria Palavra de Deus para falar com Ele. Por isso, a récita da Liturgia das Horas é uma escola de oração. Jesus Cristo recitou também os Salmos. Os Apóstolos igualmente. Da mesma forma, a Igreja continua recitando esta belíssima liturgia ao longo dos séculos.

O Papa Paulo VI ao promulgar a reforma da Liturgia das Horas, através da Constituição Apostólica Laudis Canticum, iniciou-a com uma frase que oferece a nota teológica da Liturgia das Horas. Ele disse:
“O CÂNTICO DE LOUVOR que ressoa eternamente nas moradas celestes, e que Jesus Cristo, Sumo Sacerdote, introduziu nesta terra de exílio, foi sempre repetido pela Igreja, durante tantos séculos, constante e fielmente, na maravilhosa variedade de suas formas.”
Assim, quando se recita as orações da Liturgia das Horas louva-se a Deus, na terra, fazendo um louvor que no céu é incessante. Na santificação do dia, das horas, no tempo, a realidade da eternidade se faz presente. Também nós queremos, por meio do louvor, transformar a nossa vida em história de salvação.

domingo, 12 de outubro de 2014

Cinco anos de oblação beneditina



Benedicite!

Hoje, 12 de outubro de 2014, o primeiro grupo dos oblatos do mosteiro de Garanhuns completa 5 anos de oblação. Olhando para trás, podemos dizer: valeu a pena!

Nosso muito obrigado aos irmãos oblatos; aos monges que nos receberam: Dom Gregório, que hoje está no Rio de Janeiro, que iniciou tudo; Dom Mauro Roberto, nosso primeiro diretor; Dom João Batista, nosso prior, que recebeu a nossa oblação como superior desta casa; Dom Basílio, nosso diretor atual; aos pregadores dos nossos retiros; aos outros irmãos monges desta casa; aos demais mosteiros beneditinos do Brasil e seus oblatos.

Deo gratias!


domingo, 24 de agosto de 2014

Despedida de Dom Fernando Guimarães de Garanhuns



Benedicite!

Hoje foi um dia diferente no nosso mosteiro: a despedida de Dom Fernando Guimarães, CSSR, bispo de Garanhuns, que foi nomeado pelo Papa Francisco como novo Arcebispo Militar do Brasil.




Dom Fernando, conversando conosco, comentou sobre o imenso desafio que tem pela frente: uma diocese que tem o tamanho do Brasil, e que ele terá que percorrer, toda, duas vezes ao ano, auxiliado pelo seu bispo auxiliar, Dom José Francisco Falcão de Barros, para as celebrações da Páscoa dos militares e a celebração crismal por todo o Brasil.

Dom Fernando presidiu a celebração eucarística; depois, almoçamos todos juntos, em convívio fraterno muito agradável. Pediu que sempre rezássemos por ele; no fim da missa, toda a comunidade cantou o Te Deum em ação de graças pelos seus 6 anos à frente desta diocese de Garanhuns.

Deo gratias!


Com nosso Prior, Dom João Batista

Com Dom Basílio, nosso diretor, após servir o almoço

Com Dom Mauro Roberto


domingo, 27 de julho de 2014

Igreja de S. Bento em São Paulo ganha seu maior restauro em 1 século



Igreja de S. Bento ganha seu maior restauro em 1 século

Por Robson Fernandes/Estadão

Marco histórico-religioso do centro paulistano, a Basílica de Nossa Senhora da Assunção, mais conhecida como igreja do Mosteiro de São Bento, está na reta final de um minucioso trabalho de restauração, o maior de sua história de 100 anos. Na semana passada, os andaimes começaram a ser retirados - a previsão é de que a etapa esteja concluída no início do mês de setembro.
"Com isso, terminaremos o restauro de todo o altar-mor", comemora o monge beneditino João Baptista, um dos 30 que vivem na clausura da instituição. A basílica integra o conjunto arquitetônico - projetado pelo alemão Richard Berndl (1875-1955) - erguido de 1910 a 1914 no Largo de São Bento, centro de São Paulo. Tombada desde 1992 pelo órgão municipal de proteção ao patrimônio (Conpresp), a igreja havia passado apenas por uma restauração, de menores proporções, em 1978 - para recuperar danos causados pela construção da Estação São Bento do Metrô.

Anonimato. Os religiosos beneditinos não informam quanto foi investido na obra - muito menos divulgam o nome do patrocinador, que doou o dinheiro com a condição de não ter sua identidade revelada. Esta última fase, iniciada em dezembro, foi capitaneada pelo restaurador João Rossi, com uma equipe de dez técnicos. "Identificamos problemas de desprendimento da argamassa e de partes das pinturas. Além da sujeira, acumulada pelo tempo", diz. "Procuramos fazer as interferências do modo menos invasivo possível."

O Mosteiro de São Bento ocupa, desde 1598, o mesmo terreno no centro de São Paulo. Ao longo dos séculos, vários edifícios foram reformados, demolidos e construídos. Este último conjunto, que completa cem anos, foi decorado entre 1912 e 1922. "Em estilo nascido no mosteiro alemão de Beuron, esta arte peculiar traz a mistura e inspiração de estilos muito antigos, como a arte egípcia e também a bizantina", explica o monge João Baptista. "Assim, a basílica no coração do centro da cidade São Paulo é exemplar raro neste estilo decorativo, um caso único."

Murais. De dezembro para cá, os restauradores recuperaram cada uma das pinturas murais, inclusive os seis painéis da capela-mor - todos retratando cenas da vida de Maria: a anunciação, a visitação, o nascimento de Cristo, a apresentação, os esponsais e a dormição.

Também foram restauradas as esculturas sacras. "Destacamos a imagem do Sagrado Coração de Jesus, de madeira, esculpido por Henrique Waderé, em Munique, Alemanha, em 1926", comenta o monge. "Esta imagem chegou à basílica por ocasião do cessar-fogo da Revolução de 1924, da qual o mosteiro e sua igreja saíram ilesos."

Foram recuperadas ainda as duas imagens seiscentistas do acervo: São Bento e Santa Escolástica, obras esculpidas em barro ressequido pelo artista beneditino Agostinho de Jesus, em 1650. "Elas são muito sensíveis, então optamos por recuperá-las na clausura durante as obras. Só depois voltarão à igreja", explica o restaurador Rossi.

Antes de colocar a mão na massa, a equipe de restauro fez um trabalho museológico de pesquisa. "Analisamos fotos antigas da basílica, para procurar entender como eram as peças e o ambientes originais", conta. Por sorte, os beneditinos são cuidadosos no arquivo de documentos históricos.

Obras. Entre 2011 e 2013, nas duas primeiras etapas do restauro, haviam sido recuperadas as 12 imagens dos apóstolos - que medem cerca de 3 metros cada -, a capela do Santíssimo, as capelas laterais e o órgão com 6 mil tubos, que foi instalado em 1954, durante as comemorações do quarto centenário de São Paulo. Se depender dos planos dos religiosos, a recuperação da igreja não termina por aqui. "Estamos resgatando os detalhes para iniciar o restauro do baldaquino, ainda neste ano", adianta Rossi.

De mármore branco italiano de Carrara, a peça sustenta-se por quatro colunas de pórfiro vermelho da Sibéria, com capitéis de bronze. "Em cima, há um trabalho com folhas de ouro", completa o restaurador. "Em seguida, devemos iniciar o restauro da nave da igreja", diz João Baptista. Só então, mais de 100 anos após ser inaugurada, a Basílica de Nossa Senhora da Assunção estará novamente tinindo, pronta para ser vista, frequentada e apreciada por fiéis católicos, turistas e todos os outros interessados.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Corpus Christi



ANIMA CHRISTI

Alma de Cristo, santificai-me
Corpo de Cristo, salvai-me
Sangue de Cristo, inebriai-me
Água do lado de Cristo, lavai-me
Paixão de Cristo, confortai-me
Ó Bom Jesus, ouvi-me
Dentro de vossas chagas, escondei-me
Não permitais que eu me separe de Vós
Do espírito maligno defendei-me
Na hora da morte,
Na hora da morte chamai-me
E mandai-me ir para Vós
Para que com Vossos Santos Vos louve
Por todos os séculos dos séculos, Amém
Por todos os séculos, Amém!


domingo, 8 de junho de 2014

Pentecostes 2014



Vinde, Espírito Santo!
Enchei os corações dos vossos fiéis
E acendei neles o fogo do Vosso Amor
Enviai o Vosso Espírito
E tudo será criado
E renovareis a face da terra!


quarta-feira, 4 de junho de 2014

Ano da Vida Consagrada



Ano da Vida Consagrada: Carta circular aos consagrados e às consagradas
Começará no dia 30 de Novembro. O Papa Francisco estará presente nos eventos principais. Dicastério para a Vida Consagrada envia carta que já está disponível em português.
Por Thácio Siqueira
BRASíLIA, 04 de Junho de 2014 (Zenit.org) - O Papa Francisco não só abrirá e encerrará pessoalmente o Ano da vida consagrada, mas também estará presente nos principais eventos. O anúncio – de acordo com a Rádio Vaticano – foi feito na conclusão da 83° Assembleia da União dos Superiores Gerais (Usg), acontecido em Roma, do 28 ao 30 de maio.
A temática do último dia da Assembleia foi o Ano para a Vida Consagrada que – por convocação do Papa Francisco – começará oficialmente no dia 30 de novembro, primeiro domingo do Advento, de 2014 e se estenderá até o dia 2 de fevereiro de 2016.
Dentre as várias atividades que estão sendo preparadas - congresso ecumênico, congresso destinado aos formadores e às formadoras da vida consagrada entre outras - o Ano especial dedicado aos religiosos e religiosas, consagrados e consagradas, concluirá com a Semana mundial da vida consagrada na unidade, do 24 de janeiro ao 2 de fevereiro de 2016.
Todas as iniciativas estão sendo organizadas em três âmbitos: através da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica; da União dos Superiores Gerais; e no âmbito mais restrito das realidades locais, de acordo com cada congregação religiosa.

Carta circular aos consagrados e às consagradas

A Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, enviou uma Carta, datada do 2 de Fevereiro deste ano e assinada pelo seu Prefeito, Dom João Braz de Aviz, com o tema “'Alegrai-vos', Carta Circular aos consagrados e às consagradas do Magistério do Papa Francisco”.
A carta é uma espécie de coletânea das principais palavras que o Santo Padre dirigiu à Vida Consagrada.

“Gostaria de dizer-vos uma palavra e a palavra é alegria. Onde estão os consagrados, há sempre alegria”, dessa forma inicia a carta circular, uma carta que “encontra as suas razões” nesse convite do Papa Francisco: “Os religiosos devem ser homens e mulheres capazes de despertar o mundo”.
As reflexões do dicastério e as palavras do Papa Francisco giram em torno do conceito da alegria que “não é um ornamento inútil, mas uma exigência e fundamento da vida humana” já que “Não há santidade na tristeza”, cita o Papa Francisco.

O testemunho da alegria se enraíza “na escuta fiel e perseverante da Palavra de Deus” na escola do Mestre, que, para um religioso, nasce também do momento no qual Jesus olhou para ele e o chamou.
A fonte dessa alegria é o contato com o mestre. A oração é a fonte de fecundidade da missão. “Quando falta um olhar de fé 'a própria vida vai perdendo gradativamente o sentido’, “os acontecimentos da história permanecem ambíguos, quando não desprovidos de esperança”.
Sempre citando o Papa Francisco a carta afirma que “Hoje as pessoas precisam certamente de palavras, mas sobretudo têm necessidade que testemunhemos a misericórdia, a ternura do Senhor, que aquece o coração, desperta a esperança, atrai para o bem.” Que os consagrados, então, sejam “sinal de humanidade plena, facilitadores e não controladores da graça, prostrados no sinal da consolação”.
Os consagrados, para tornar fecunda e verdadeira a sua alegria, são chamados, a “levar o sorriso de Deus, e a fraternidade é o primeiro e mais credível Evangelho que podemos narrar”. A alegria – afirma  – “se consolida na experiência de fraternidade”, pois uma “fraternidade sem alegria é uma fraternidade que se apaga”.
O “Fantasma que deve ser combatido – recorda a missiva - é a imagem da vida religiosa entendida como refúgio e consolação diante de um mundo externo difícil e complexo”, evitando de todas as formas “privatizar o amor”, não tendo “medo da renovação das estruturas. A Igreja é livre. O Espírito Santo a conduz”.
No final da carta o Dicastério selecionou uma série de perguntas, uma espécie de questionário, que permite “um leal confronto entre Evangelho e Vida”,  perguntas que o mesmo Papa Francisco elaborou ao longo dos seus discursos e homilias dirigidas aos consagrados e consagradas.

sábado, 17 de maio de 2014

Eleição do Abade presidente da CBB



Benedicite!



O 59° Capítulo Geral da Congregação Beneditina do Brasil, elegeu hoje pela manhã o Rev.mo Sr. Abade Dom Filipe da Silva, OSB, como seu novo Abade Presidente.

Segundo nossas Constituições seu múnus é de: “... responder de modo especial pela observância da Santa Regra e da vida religiosa na Congregação, gozando de poder paterno e jurisdicional sobre todas as pessoas integrantes da mesma, tanto em foro interno, quanto externo”.

O Priorado Conventual de São Bento de Garanhuns eleva a Deus uma prece de louvor, pelo bom êxito e fecundo ministério de nosso neo-Abade Presidente, frente à nossa Congregação Beneditina do Brasil. Agradecemos ao Revmo Sr. Arquiabade Dom Emanuel d’Able do Amaral, pelos 12 anos que esteve com muita dedicação e bom desempenho como Abade Presidente de nossa Congregação Beneditina do Brasil. 
 

Que NPSBento continue a guiá-lo nesta nova árdua missão.

Deo gratias!


quarta-feira, 19 de março de 2014

São José





Hoje, 19 de março, celebramos a Solenidade de São José, esposo de Maria e Pai adotivo de Jesus. Ele foi o guardião e protetor de Nossa Senhora e de Jesus. Teve uma vida discreta, silenciosa, cumprindo sua missão, designada por Deus.

De São José sabemos muito pouco, mas o essencial e mais importante foi dito na Bíblia: foi um homem justo. Não sabemos como ele entrou na vida de Maria e de Jesus e não sabemos nada sobre sua morte; supõe-se que ele morreu antes de Jesus iniciar sua vida pública. Geralmente São José é retratado como um senhor de meia idade, barba e cabelos brancos, mas não há provas nem evidências disto.

Humanamente falando, São José foi um homem excepcional. Descobriu que sua noiva, Maria, estava grávida, e que não era ele o pai. Ele poderia tê-la denunciado, e ela seria apedrejada, como era o costume da época. Mas, avisado em sonhos por Deus, aceitou os desígnios divinos, recebeu Maria e cuidou fielmente dela e de seu Filho, a quem adotou e amou, cuidou e protegeu, ensinou o seu ofício de carpinteiro e deu-lhe educação e valores humanos. Por isto, São José é patrono das famílias e protetor da Igreja. São José também é o patrono dos trabalhadores, ele que foi carpinteiro e, como tal, sustentou-se e à sua família.

O Papa Francisco, grande devoto seu, incluiu merecidamente o seu nome na Oração Eucarística da Missa, logo após o de Nossa Senhora.

São José é um santo de grande devoção no Brasil e aqui no Nordeste, em particular. Há muitas cidades com seu nome e inúmeras igrejas e capelas dedicadas a ele.

No campo das devoções populares, há uma muito arraigada no povo nordestino e que tem fundamento: o dia de São José é o dia de plantar o milho para ser consumido na festa de São João, em junho; e se chover hoje, é certeza de colheita abundante e fartura, porque o inverno vai ser chuvoso, e chuva, no sertão, vale mais que ouro!

Há uma música de Gonzagão sobre este costume, que mostra São José como grande intercessor, tal que até o autor pede a São João que peça a São José por ele:

Eu plantei meu milho todo
no dia de São José
se me ajuda a Providência
vamos ter milho a granel
pelos meus cálculos vou colher
vinte espigas em cada pé

Ai, São João
São João do Carneirinho
você é tão bonzinho
fale com São José
fale lá com São José
peça pra ele me ajudar
peça pro meu milho dar
vinte espigas em cada pé!

Glorioso São José, rogai por nós!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Santa Escolástica



Pax!

Hoje, 10 de fevereiro, comemora-se o dia de Santa Escolástica, irmã de São Bento e fundadora do ramo feminino da Ordem Beneditina. Ela nasceu em Núrsia, na Úmbria (Itália), cerca do ano 480, e morreu em Cassino, por volta de 547.

São muito poucos os dados da vida de Escolástica, e foram escritos quarenta anos depois de sua morte, pelo santo papa Gregório Magno, que era um beneditino. Ele recolheu alguns depoimentos de testemunhas vivas para o seu livro "Diálogos" e escreveu sobre ela apenas como uma referência na vida de Bento, pai dos monges ocidentais.

Nesta página expressiva contou que, mesmo vivendo em mosteiros próximos, os dois irmãos só se encontravam uma vez por ano, para manterem o espírito de mortificação e elevação da experiência espiritual. Isto ocorria na Páscoa e numa propriedade do mosteiro do irmão. Certa vez, Escolástica foi ao seu encontro acompanhada por um pequeno grupo de irmãs, quando Bento chegou também acompanhado por alguns discípulos. Passaram todo o dia conversando sobre assuntos espirituais e sobre as atividades da Igreja.

Quando anoiteceu, Bento, muito rigoroso às Regras disse à irmã que era hora de se despedirem. Mas Escolástica pediu que ficasse para passarem a noite, todos juntos, conversando e rezando. Bento se manteve intransigente dizendo que deveria ir para suas obrigações. Neste momento ela se pôs a rezar com tal fervor que uma grande tempestade se formou com raios e uma chuva forte caiu a noite toda, e ele teve de ficar. Os dois irmãos puderam conversar a noite inteira. No dia seguinte o sol apareceu, eles se despediram e cada grupo voltou para o seu mosteiro. Essa seria a última vez que os dois se veriam.

Três dias depois, em seu mosteiro Bento recebeu a notícia da morte de Escolástica, enquanto rezava olhando para o céu, viu a alma de sua irmã, penetrar no paraíso em forma de pomba. Bento mandou buscar o seu corpo e o colocou na sepultura que havia preparado para si. Ela morreu em 10 de fevereiro de 547, quarenta dias antes que seu venerado irmão Bento. Escolástica foi considerada a primeira monja beneditina e Santa.


Oremos:
Celebrando a festa de Santa Escolástica, nós vos pedimos, ó Deus, a graça de imitá-la, servindo-vos com caridade perfeita e alegrando-nos com os sinais do vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Santa Escolástica, rogai por nós!